Numa época de posições extremadas, expressões exacerbadas e o “politicamente correto” correndo solto, o “em cima do muro” deixou de ser indecisão para se tornar “auto-preservação”, hehehehehehe!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
O Muro
25 de julho de 20163 de agosto de 2012
Para muitos teóricos, filósofos e sociólogos, a época atual é marcada por fenômenos que representam um divisor de águas com a Modernidade. Uma inversão constante de valores. “Brega e Carente na pós-modernidade” é um show que dá um tempos para as ideologias e ressalta valores do coração.
Quarteto FON FON
30 de julho de 2012A Mulher na Pós-Modernidade…
11 de julho de 2012Ligo a TV, uma repórter aparece combrindo uma matéria internacional. Troco de canal e outra mulher faz um comentário sobre economia, “assunto de homem”. Já em outra emissora a apresentadora, âncora de jornal, entrevista a candidata à presidência do Brasil. Zapeio através do controle-remoto, paro num canal de esportes de âmbito nacional, “prá variar”, uma repórter esportiva dá a escalação de um dos times de futebol para o jogo à noite. Zapeio outra vez, um ringue cor-de-rosa aparece na tela 16×9 da TV de LCD, duas moças fortes com músculos definidos golpeiam-se de uma forma bem masculina. Vou para um canal de variedades, uma mulher “artificialmente” linda fala sobre a concorrência feminina em quase todas as áreas da atividade humana, inclusive medicina. Ela entram no grupo de risco dos AVCs e doenças do coração, privilégio maligno dos homens até antão.
Desvio minha atenção do aparelho de TV, sem desligá-lo, e mergulho nas minhas memórias mais remotas, recordações fragmentadas da minha mais tenra idade. Não preciso fechar os olhos para ver uma mulher num anúncio do almanaque “Correio do Povo”. Ela segura uma camisa alvíssima e “engomada” – as roupas após serem lavadas eram mergulhadas em recipientes com um preparado semelhante a uma goma; as peças, depois de secas e passadas a ferro, apresentavam uma sustentação principalmente em punhos e colarinhos – com o dizer: “ Só Rinso lava mais branco”. Viro a página da minha memória, a Tv continua ligada e meus olhos veem, ainda, o almanaque. Nele, outra mulher, de eslaque – para explicar aos mais jovens, eslaque era um termo usado para designar uma calça tipo os fusôs de hoje – e uma camisa com as pontas inferiores amarradas à cintura, com uma das mãos passa um “moderníssimo” aspirador de pó no tapete e, com a outra, segura um livro de receitas. Torno a virar a página da memória e recordo uma senhora vestindo um conjunto de Ban Lon – conjunto de blusa e suéter da mesma cor em tecido semelhante à malha de hoje, tipo um primo-irmão mais velho dos tecidos sintéticos – ela curva-se diante da mesa para servir um prato de assado. O marido e o filho olham a refeição com sorrisos no rosto e talheres nas mãos. Na página seguinte deste imaginário representativo do meu passado vejo as mulheres fora do lar, são elas atrizes ou cantoras. O que mais nítido tenho nos meus olhos voltados para o passado são os microfone e as faixas de rainhas do rádio, havia concursos de auditórios para eleger estas pioneiras da emancipação feminina.
Desligo a minha memória e volto à TV, que, ainda ligada, mostra uma das candidatas à presidência da nação falando dos seus planos e anseios políticos. Tento traçar um paralelo entre a provável comandante do país e a antiga comandante do lar. O que as separa? Que abismo incomensurável de anos transcorridos, costumes, realidades, conceitos e preconceitos as separam na linha de tempo da emancipação feminina. Novamente a TV sai do meu campo de visão. Imagens rápidas, como um vídeo clip de bandas atuais, vão passando em velocidade impressionante sob minhas pálpebras fechadas. Aguço ainda mais a memória. Começo a duvidar do que vejo ou que imagino. O que será real e o que o tempo e o meu imaginário pessoal influem nestes quadros pintados somente pela memória de um senhor quando por perto dos cinquenta anos, um perto posterior, é claro. Não acredito mais em mim, aliás, na minha memória. Uma curiosidade de garoto do lado de fora da lona de um circo me assalta aos pulos, como os pulos bem próprios de alguém que descobre um tesouro, ou, pelo menos, a existência dele. Volto ao mundo real e aos meios que registram um passado que também já foi real e hoje sobrevive nas páginas virtuais ou não, e em fotos, também, virtuais ou não.
Vou ao Google.
Não sei exatamente o que procuro. Digito algumas palavras como: mulheres, mudança de costumes, mulheres no século XX, emancipação feminina e outras que não recordo mais. Um mundo imenso de assuntos, reflexões, sites feministas, femininos e outros que, até, menosprezavam as mulheres, saltaram da tela. Finalmente “cai a ficha”. Onde começou, exatamente, o apogeu de participação, reconhecimento cultural e liberdade que hoje vivem as mulheres? (Sei que o termo “exatamente” é muito relativo em termos de história, mas a utilização dele foi uma licença poética.) Pulo de site em site vou retrocedendo até a Revolução Francesa que, conforme o pesquisado até agora, é um dos marcos iniciais do estágio atual da emancipação feminina.
Descubro que o Feminismo, “o movimento social que defende igualdade de direitos e status entre homens e mulheres em todos os campos”, remonta aos tempos da Revolução Francesa (1789). Este movimento, segundo o site, além de combater o sistema político e social deu ânimo às mulheres para denunciar e combater a sua posição de submissão na sociedade. Enquanto o movimento gestava uma declaração dos direitos do homem e do cidadão, Olympe de Gouges, escritora e militante, redigia um projeto de declaração dos direitos da mulher. As mulheres participaram ativamente na revolução e criaram clubes de ativistas femininas. Mas Robespierre esmagou tais clubes após reivindicação das mulheres para participar dos serviços públicos e forças armadas (1792.
Não me contento com o que descobri. No meu imaginário, bem no princípio da humanidade, o homem caça e a mulher fica com os afazeres domésticos – este último é um termo bastante atual para descrever as tarefas da mulher em casa, aliás, na caverna – cuidando da prole. Vou em frente. Tomo conhecimento, então, que a Revolução Industrial incorporou a mão de obra feminina fora do lar. Vemos que as classes não abastadas emprestaram suas mulheres para o trabalho externo, sendo aí uma semente para os frutos que hoje colhemos na sociedade. Num site, temos um artigo de Lúcia Cortes da Costa – Doutora em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC-SP, Brasil e docente da Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG, Brasil e do Programa de Mestrado em Ciências Sociais Aplicadas da UEPG, Brasil – no seu artigo sobre “gênero”.
Neste estágio inicial da pesquisa, diversos caminhos foram encontrados. Por uma questão de prioridade alguns são colocados de lado. A Nova Zelândia foi o país pioneiro no que se refere ao voto feminino em 1893. Em 1906 a Finlândia foi o primeiro país europeu a aceitar as mulheres como parte integrante do cenário de decisões em relação à escolha de seus governantes. Na Inglaterra, não foi tão rápida nem tão fácil a inclusão das mulheres no processo eleitoral. Somente após a Segunda Guerra que as britânicas obtiveram o direito de votar. Conforme Antônio Sérgio Ribeiro, advogado e pesquisador, funcionário da ALESP no site do governo de São Paulo.
Conforme é descrito no site Scribd, durante a primeira grande guerra, a mulher ocupou cargos no mercado de trabalho como em nenhum outro período da história até então. Desde uma simples entrega de carta até sofisticadas funções na indústria bélica, foram exercidas pela massa trabalhadora feminina. Neste período, a dupla jornada de trabalho foi exercida com maior ênfase. A ingratidão da sociedade, para com a mulher, é cabal ao fim da guerra. Elas foram convocadas, utilizadas como massa trabalhadora na retaguarda e colocadas à margem do mercado de trabalho após o final do conflito. Houve demissão em massa quando do retorno dos heróis do front. A identidade masculina precisava ser mantida. A mulher sucumbe às campanhas governamentais. Ela volta ao lar. Mas, ela volta sensual e consumidora. A indústria cosmética tem um impulso astronômico. Tudo em nome da sensualidade. Junto a isso, a sensação dos anos loucos do entre guerras foi fator importante. O contexto internacional instável, devido à corrida armamentista, propiciava um consumismo exagerado de produtos e de formas de prazer. Há uma evolução nos costumes, até remédios para “aqueles dias” – leia-se: mensuração – eram anunciados e ovacionados com grandes salvadores das mulheres.
O mundo louco e maravilhoso dos anos 20 curva-se à bolsa de Nova York. Entra a década de trinta. A mulher muda novamente. Tem de se adaptar ao novo tempo. Tempo de crise. O seu consumo começa a ser mais moderado que na década passada, anos 20, e a mulher adota outro visual. É mais sedutora, as costas são o foco de atenção. O esporte entra na vida feminina, o bronzeado, o short, os óculos escuros, a exemplo dos artistas de cinema, também entram em cena. Desta vez é diferente. Ela volta para casa em termos. Alguma coisa já não é como antes. Ela passa toda a década de 50 se preparando. São os anos dourados. Ela é mimada para continuar junto ao lar. Mãe, dona-de-casa e administradora do lar. Nos anos 60 ela se liberta. Claro que nem ela sabe que está a ponto de uma das maiores rupturas da história do, até então, sexo frágil. Ela queima sutiã, toma pílula e fica dona do seu corpo.
Reflexão poética
9 de julho de 2012A poesia
é o descartado do dia-a-dia,
É o não-visível do momento,
o sub-produto do cotidiano.
Poesia é o não-sentido,
o não-assumido pela consciência,
pela conveniência da razão.
Poesia é o olhar
por cima do ombro do tempo,
É espiar o fugaz do instante
do que é eterno.
Poesia é planar
entre os segundos do relógio,
É respirar os átomos de oxigênio
que se escondem nas
águas profundas de nossas vidas.
Poesia é o tudo
e o nada.
É o livre-arbítrio
de cada um.
(mariobossanova)
…
9 de julho de 2012Entre duas saias justas..
3 de julho de 2012Escrevi este texto para ganhar uma nota na faculdade e divertir os colegas, caso eu o lesse em aula. Li. Na hora de passar a limpo o texto se modificou. Passei a limpo novamente. Outra vez ele toma outra forma. Mais uma tentativa e ele teima em se moldar de outra maneira. Desisti. Digitei no computador exatamente o que estava no meu último e derradeiro rascunho. Antes de imprimir passei os lhos na tela e adivinhe? Algumas coisas foram modificadas. Não era só a forma e o conteúdo que se modificavam. A minha visão sobre o fato hilário da minha juventude também. Depois de reescrever o texto diversas vezes e olhando o fato com olhos de homem maduro (é primeira vez que escrevo este termo, devo estar mais velho do que imagino), não vi nada de engraçado, muito pelo contrário. Vi jovens inexperientes não sabendo o que fazer com seus sentimentos. Acho que fiquei nostálgico demais, pois naquele tempo tudo, absolutamente tudo, parecia normal e a vida era penas um cenário para a nossa diversão.
Meu lema!!!!!!!!!!!!!!!!
3 de julho de 2012“TODOS SABEM QUE MEUS LÁBIOS
NUNCA MURMURARAM UMA ORAÇÃO.
NÃO PROCUREI NUNCA
DISSIMULAR OS MEUS PECADOS.
IGNORO SE EXISTEM, REALMENTE,
UMA JUSTIÇA E UMA MISERICÓRDIA.
MAS, SE EXISTEM, NÃO DESESPERO
DELAS, FUI SEMPRE UM HOMEM SINCERO”
– Omar Kháyám –
Cult
20 de junho de 2012Anúncio
20 de junho de 2012ESTAMOS CHEGANDO….